Até breve I

25 de fevereiro.
Nos despedimos no terminal rodoviário Tietê às 21 hs, fiquei no mesmo lugar que nos separamos, sentada, ora olhando o movimento, ora lendo, ora escrevendo.
O frio de SP foi chegando e as horas se arrastando, sentia meu corpos frio e desconfortável na cadeira de metal.
Tietê é uma bela rodoviária, mas ás 23 hs já começa a ficar vazia, porém, ocupada pelos agentes da limpeza. Amontoam cadeiras, criam esculturam com elas, depois desmancham... jogam água, esfregam e conversam alto um com o outro.
Os vazios entre os ambientes permite o bom entendimento entre todos.
23hs05, caminho até a plataforma 27. Lá sim havia muita gente, todos aguardando seus ônibus com destinos aos seus desejos, ou às suas obrigações, como era meu caso.
Ao ver um casal se despedindo na rodoviária, entre tantos beijos, abraços e palavras percebi um carinho que o jovem rapaz fazia na barriga da moça. Observava-os por entre um vidro grande e sujo, e daquele modo, vi que ela espera um bebê.
Não tive como não pensar na máxima "lugar de encontro e despedidas". Máxima óbvia e real... acabara de me despedir de você e às 23hs10, pensei: será que já embarcou?
23hs30 encostou um ônibus, não é o meu ainda, espero mais um pouco.... 23hs45, enfim chegou...
Encontrei minha poltrona e descansei o corpo. Andamos um bocado em SP, lembra? Brás, Liberdade, Sé, Luz, Brigadeiro, Tiete e Barra Funda. Uma maratona.
Querido, você já está em Londrina,
boa estada por aí,
Te espero.