Hoje, falei longamente com Fefe pelo msn, santa tecnologia! A saudade mesmo não dá prá sanar assim, tão à distância, mas confesso que foi bom saber que ao mesmo tempo estavamos juntos, on line, conversando um com o outro, um do outro, um para o outro.
Quando desliguei o computador, já era o hora do amoço aqui, fiz minha comida frugal e almocei, sai de casa já era passado de duas da tarde.
Decidi que visitaria a famosa feira "Porta Portese", fui até lá e infelizmente ela já estava no fim, mas pude ver bem como funciona a parte informal do mercado romano... Muitos chinese, africanos e até tunisianos, estavam lá... comercializando de tudo, de roupas usadas a 1 euro até malas e artigos de decoração que custavam até 200 euros, tudo isso num italiano muito pior do que o meu.
Fiquei encantada com a diversidade, a curiosa sensação de estar mais perto de casa ao lado de estranhos estrangeiros, mas estrangeiros, como eu.
caminhei por entre as barracas já em estágio avançado de desmontagem, e percebi a quantidade de papel e lixo que se acumulavam nas calçadas.
Todos muito habilmente desfaziam as barracas e arrumavam suas coisas para mais um fim de feira e inicio da próxima.
Os carros, motorinos e vans disputavam lugar entre as pessoas que ainda passeavam pela feira e os feirantes que ainda guardavam seus pertences. A cena era pitoresca, lembrei-me inevitavelmente de ciudad del leste no Paraguai e também nos inúmeros camelódromos que já vi em Londrina e em Vitória. A cena é muito parecida.
Sai de lá e fui em direção ao metrô para fazer uma visita prevista dentro do circuito turistico: O Vaticano.
Já era tarde quando cheguei lá, passava das 17 horas e já começava a fazer frio, caminhei por uma rua paralela a fim de entrar na praça São Pedro. É incrivel a capacidade que esta cidade tem de, de repente, abrir um largo enorme à sua frente como se aquilo ali fosse tudo natural.
Não foi diferente com a praça São Pedro, aliás, estou até agora com dor no pescoço de tanto olhar prá cima, tamanha é a grandiosidade do monumento, não saberia dizer assim, em poucas palavras, como é linda a praça. Atravessei-a, demoradamente, olhando as centenas de colunas justapostas que circunvizinham a entrada da basilica de SãoPedro. No centro da praça, um obelisco e, à sua direita e esquerda, estão duas fontes d'agua circulares muito belas e também muito luminosas.
Continuei caminhando... cheguei até a porta e confesso que tive um misto de sensações, algo entre o medo e o prazer... entrei e me deparei com uma imensidão ed pessoas que visitavam a Basilica em frenetica necessidade de registrar cada momento, olhei, olhei, olhei para o teto, os detalhes das esculturas, os ramos, as ondulações... caminhei mais e percebi que estava havendo missa, e que havia também uma divisão entre a parte que se podia visitar como turista e outra, masi à frente que só entrava quem iria assistir a missa.
Nessa segunda parte está o túmulo de São Pedro, figura fundamental na saga do cristianismo, tive outro impacto: a riqueza.
Entrei e sentei, queria ouvir a missa em italiano, descansei o corpo e acompanhei as preces até o final da missa, ao final saí de lá já de noite...
caminhei agora pela entrada principal do Vaticano, a via Della Consigliazione, e parei de frente para o Vaticano, quando alcancei distancia suficiente para olhar pra traz e admirar as luzes acesas desenhando um contorno claro na noite escura até chegar ás colunas que margeiam a basilica.
Continuei meu caminho, agora de costas para a basilica e encontrei ao final da via della consigliazione, uma pista de gelo, com muitos jovens patinando ao som de musica americana. A pista fortemente iluminada em azul e verde dava a sensação que os jovens voavam, um espetáculo à parte.
Infelizmente minha máquina estava sem baterias, e não pude fotografar, mas prometi prá mim mesma voltar lá e registrar tudo.
Não sei exatamente a resposta à pergunta desta postagem, mas arrisco um palpite: haverá tantas Romas quantos forem nossos passeios por ela.
domingo, 8 de março de 2009
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Dri, bonito texto, bonito passeio.Que bom que voce o registrou aqui para nós amigos e para nós mesmo. Faz me lembrar quando assisti a uma missa aí na praça de São Pedro e me emocionei às lágrimas. Ouvir uma missa em uma outra lingua nos faz perceber que a lingua de Deus é outra que não a nossa e que é preciso aprender.
ResponderExcluirAlém disso ouvir o que já sabemos desde criança em uma lingua nova, com outra sonoridade significante, provoca um estranhamento à cada palavra e desconhecemos aquilo que já conhecemos.
Um abraço com todo afeto para voce.
Seu Fefê